Será que as mudanças impostas durante o estado de emergência causaram alterações nos hábitos dos portugueses? Na compra de bens essenciais, 94% da nossa amostra pretende manter a forma como realizava as suas compras antes da pandemia. Por outro lado, 30% fez compras de bens não essenciais online durante o estado de emergência e irá continuar a utilizar esse meio. Cerca de 31% manifesta vontade de voltar a frequentar estabelecimentos comerciais, uma preferência que chega aos 54% no grupo de pessoas com mais de 65 anos.
Após o final do estado de emergência, 41% das pessoas sofreram novas alterações no local de trabalho, das quais a maior parte pode voltar a trabalhar presencialmente, com restrições. No entanto, 62% das pessoas preferiam continuar a trabalhar remotamente, se tal lhes for permitido pela entidade patronal. Nesta fase, metade das pessoas considera muitas das medidas de desconfinamento prematuras, nomeadamente a reabertura de creches, centros comerciais, celebrações comunitárias e competições de futebol.
Por Pedro Pita Barros, Eduardo Costa e Sara Almeida
Fonte: Inquérito sobre a pandemia Covid-19 (589 pessoas que constituem a amostra da 4a vaga do inquérito, realizada entre os dias 8 e 13 de maio)