O final do estado de emergência foi anunciado para dia 2 de maio, e a população portuguesa começa a dar alguns sinais de passar à “nova normalidade”: 5% das pessoas que estão em isolamento pretendem começar a ter mais contacto presencial com familiares e amigos e 10% vão começar a sair mais frequentemente.
Estas intenções acompanham a ligeira tendência de redução do isolamento, o decréscimo na preocupação e o menor acompanhamento de informação. Ao nível regional, os participantes da região Centro mostram-se mais reticentes em aumentar as interações e as saídas face às regiões Norte e de Lisboa.
Por seu lado, as perspetivas sobre o impacto financeiro continuam profundamente negativas. As pessoas entre 45 e 65 anos são as que reportam estar a sentir os maiores efeitos negativos. Antecipa-se que este grupo, juntamente com os profissionais entre os 33 e os 45 anos, seja aquele que mais impactos negativos terá no futuro próximo.
Por Pedro Pita Barros, Eduardo Costa e Sara Almeida
Fonte: Inquérito sobre a pandemia Covid-19 (7 688 pessoas constituem a amostra ao inquérito, realizado entre os dias 13 de março e 28 de abril – resultados acumulados)