No outono do ano passado, a Benetton iniciou uma campanha com o tema da integração social, em conjunto com o conhecido – e controverso – fotógrafo da marca, Oliviero Toscani, que, durante as décadas de 80 e 90 90,criou várias das suas campanhas mais polémicas e regressou, depois de 17 anos, para criar esta campanha.
O projeto teve início com a publicação de duas fotografias de estudantes de uma escola primária multiétnica em Milão, para demonstrar precisamente a diversidade de culturas no país: as crianças representavam 14 países de mais de três continentes. Já este ano, a escolha recaiu em duas imagens com vários estudantes universitários, em primeiro lugar, e trabalhadores de diversas áreas, em segundo lugar, que vivem em vários pontos da Itália.
A primeira fotografia exibe um grupo de estudantes universitários de medicina em Itália, com pessoas de várias origens: um nigeriano, uma indiana, um chadiano, um anglo-cingalês e um italiano-nigeriano. O objetivo é demonstrar o seu comprometimento com o serviço nacional de saúde italiano.
Já a segunda imagem representa o esforço dos profissionais de várias regiões italianas na construção de um país melhor. Na fotografia pode ver-se, por exemplo, um polícia que trabalha em Enna, um padre de Pavia e um advogado de Milão, e todas as pessoas do grupo são originárias de diferentes países, como o Senegal, a Indonésia e a República Democrática do Congo.
A ideia da integração é trabalhada na campanha com o objetivo de criar um futuro mais rico a vários níveis e sem medo, sendo este conceito uma das grandes questões do dia de hoje, de acordo com Oliviero Toscani. E desafia claramente as políticas do atual Governo italiano, que tem dificultado a entrada de refugiados no país.