Num estudo publicado na revista científica Nature Ecology & Evolution, descreve-se como a equipa liderada por Gordon Love, do departamento de Ciências da Terra, foi procurar vestígios moleculares de vida animal da era Neoproterozóica, que decorreu no período de há entre 660 milhões e 635 milhões de anos.
Em rochas e óleos recolhidos em Omã, na Sibéria e na Índia, encontraram um composto esteroide que é produzido pelas esponjas marinhas, uma das primeiras formas de vida animal conhecidas, e que os investigadores consideram demonstrar que já havia formas de vida animal 100 milhões de anos antes do período Câmbrico, época em que houve uma explosão de quantidade e diversidade de formas de vida.
“Os fósseis moleculares são importantes para estudar os primeiros animais, uma vez que as primeiras esponjas seriam muito pequenas, não teriam esqueleto e não deixariam uma impressão fóssil forte ou até reconhecível”, afirmou o primeiro autor do estudo, Alex Zumberge.
O biomarcador que encontraram tem uma estrutura única, e hoje em dia só se encontra sintetizado por certas espécies modernas de esponjas marinhas.
“Este esteroide é a primeira prova que as esponjas, portanto os animais multicelulares, existiam nos mares da antiguidade pelo menos há 635 milhões de anos”, sintetizou Zumberge.