Um grupo de investigadores da Universidade da Califórnia em Davis juntou pequenas quantidades de algas à alimentação de dezenas de vacas leiteiras, adoçando-as com melaço para disfarçar o sabor, e descobriu que as emissões de gás metano cairam mais de 30 por cento. “Fiquei extremamente surpreendido quando vi os resultados”, afima Ermias Kebreab, o investigador que liderou o estudo, acrescentando que não esperava uma redução “tão dramática com uma pequena quantidade de algas”.
A equipa de Kebreab tenciona agora levar a cabo outra experiência, que deverá começar já em outubro e prolongar-se por seis meses, mas, posteriormente, outros estudos serão necessários para apurar a segurança e eficácia da técnica.
Como resultado da ação de microorganismos durante a digestão, só as vacas leiteiras expelem, diariamente, cerca de 450 a 550 gramas de metano, um gás com um efeito de estufa muito mais poderoso que o dióxido de carbono.
Já foram testadas várias fórmulas para tentar reduzir essas emissões, juntando à alimentação dos bovinos ingredientes como alho, oregãos, canela e até caril, mas sem resultados conclusivos.