Pelas 07:00 eram visíveis várias pessoas nas ruas e bombeiros, que estendidos no chão, aproveitavam para descansar, retemperando forças para voltar ao combate às chamas, que ainda lavram numa das encostas.
Na loja de conveniência de uma estação de combustível, um dos poucos espaços abertos a esta hora e onde foi necessário recorrer a um gerador de eletricidade, populares e alguns elementos da corporação de bombeiros do município vizinho de Silves e também de Olhão faziam uma pausa para o café.
“Ninguém conseguiu dormir. O ar está irrespirável e a preocupação é muita”, diz à agência Lusa Jorge Santos, residente na vila de Monchique, perspetivando um resto de dia “muito complicado”.
Outros moradores, ouvidos pela Lusa, queixaram-se da atuação dos bombeiros, uma vez que “permitiram que as chamas chegassem tão perto da vila de Monchique”.
“O fogo começou a 20 quilómetros daqui. Porque deixaram que crescesse tanto? Além do mais o comando deste incêndio devia ser feito por alguém dos bombeiros de Monchique, não por alguém que vem de Faro e não conhece o território”, aponta um dos moradores, enquanto observa todo o aparato que se faz sentir dentro desta vila algarvia.
A circulação dentro da vila de Monchique estava às primeiras horas da manhã condicionada ao trânsito, assim como a estrada nacional 266, proveniente de Portimão.
Lusa