Talvez não seja tão mau como o nome pode sugerir, uma vez que não envolve qualquer prática sexual desprotegida. Mas não é isento de riscos de outra ordem.
Explicá-lo é fácil: trata-se de enfiar um preservativo numa narina, tapar a outrar e inspirar até o preservativo chegar à garganta; daí, puxa-se até sair pela boca.
O desafio não é novo (pensa-se que tenha começado em 2007) mas continua a preocupar as autoridades norte-americanas, pelo menos, com algumas escolas dos EUA a falarem dele em “aulas” especiais para pais sobre estes desafios na Internet, como relata a FOX. É mais um a atrair jovens em busca de popularidade, como tantos outros que têm chegado às notícias, como o de queimar as mãos com sal e gelo, engolir uma colher cheia de canela ou, o mais recente, engolir cápsulas de detergente…
Na semana passada, Bruce Lee, professor na Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, escreveu para a Forbes um artigo a lembrar que, à exceção de medicamentos próprios, a única coisa que deve ser inalada é… ar. “O preservativo pode facilmente ficar preso no nariz ou na garganta, bloqueando a respiração ou provocando engasgamento”, afirmou, lembrando dois casos de inalação de preservativos que, embora acidentais, tiveram consequências graves: um, relatado no indiano Journal of Chest Diseases and Allied Sciences, em 2004, tem como protagonista uma mulher de 27 anos que aspirou um preservativo enquanto fazia sexo oral. O preservativo foi alojar-se nos pulmões, provocando uma pneumonia e o colapso do lobo superior direito do pulmão.
O outro caso, descrito no Journal of Medical Case Reports, diz respeito a outra jovem, de 26 anos, que teve uma apendicite quando um pedaço de um preservativo que engoliu por acidente foi parar ao apêndice.
“Mesmo que consigam tirar o preservativo pela boca, inalar um preservativo pelo nariz será muito desconfortável e potencialmente bastante doloroso”, escreveu o profesor.
“Valeria a pena tudo isso só para ter mais gostos e visualizações?”, interroga-se.