“Foram notificados na região norte dois casos de sarampo, aparentemente não relacionados, confirmados laboratorialmente em adultos não vacinados”, refere a Direção-Geral de Saúde, em comunicado enviado à agência Lusa.
O primeiro caso é um homem, de 27 anos, que teve o início dos sintomas em 26 de fevereiro e diagnóstico clínico em 2 de março.
“Está internado e clinicamente estável. Está em curso a investigação para apurar a possível origem da infeção”, frisa.
A DGS acrescenta que, também na região norte, estão em investigação outros doentes com sinais e sintomas clínicos, de início súbito, incluindo exantema (erupção cutânea), dores musculares e cansaço, explicando que os resultados laboratoriais são confirmados no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
“A Direção-Geral da Saúde e a rede de Autoridades de Saúde, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e com os profissionais de saúde, estão a acompanhar a evolução da situação de acordo com o previsto no Plano de Contingência”, salienta.
A DGS lembra que o sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave, principalmente em indivíduos não vacinados, explicando que atualmente se verificam surtos de sarampo em alguns países europeus devido à existência de comunidades não vacinadas.
O Hospital de Santo António divulgou terça-feira ter internado um profissional daquela unidade de saúde por suspeita de ter contraído sarampo, tendo sido feitas colheitas para análise cujos resultados serão conhecidos quarta-feira.
O hospital afirma ter procurado saber de outros casos, incluindo entre pessoal em folga, sendo que no final foram sinalizados “20 casos idênticos, todos em profissionais”, sublinhando, porém, não haver ainda qualquer confirmação de que se trata de sarampo, podendo ser uma outra virose.
Segundo aquela unidade de saúde, “esta manhã (terça-feira, 13 de março de 2018) alguns profissionais do Hospital de Santo António, jovens adultos, apresentaram sintomas e sinais clínicos, de início agudo, incluindo exantema (rubor) cutâneo, febrícula (apenas alguns), mialgias e cansaço”.
“Não há nenhum doente com ligação epidemiológica conhecida com um caso confirmado de sarampo”, não sendo de excluir tratar-se “de uma outra virose”, já que “a apresentação clínica não é tão exuberante como habitualmente, designadamente com febre, prostração tosse, manchas da bochecha interna”, afirma ainda o hospital, acrescentando que “não é provável um surto de sarampo manifestar-se com todos os casos num mesmo dia, atendendo à variabilidade individual dos períodos de incubação e de contágio”.
O hospital garante que “foram tomadas as medidas recomendadas para casos de sarampo” e que as autoridades locais e regionais de saúde Pública e a Diretora-Geral da Saúde foram informadas.
com Lusa