O iPhone X chegou às lojas portuguesas há menos de duas semanas. Custa mais de mil euros e tem um design inovador totalmente em vidro que a Apple diz ser “o vidro mais resistente de sempre num smartphone”.”O mais frágil de todos os iPhones lançados até agora” no mercado, contrapõe a SquareTrade, uma seguradora de dispositivos eletrónicos norte-americana, depois de realizar uma série de testes ao aparelho recém-lançado pela Apple.
A SquareTrade testou o smartphone através de um equipamento especialmente desenvolvido para simular acidentes do quotidiano – desde deixar cair o dispositivo até imergi-lo em água. Os danos observados foram depois avaliados numa escala de 0 a 100, sendo mais alta a avaliação quanto maiores os danos registados:
TESTE DE QUEDA FRONTAL
Segundo a seguradora, bastou que o dispositivo caísse uma vez para se despedaçar, o ecrã deixar de funcionar e o reconhecimento facial falhar por completo. Uma pontuação “perfeita” de 100 pontos foi atribuída nesta categoria.
TESTE DE QUEDA TRASEIRA E LATERAL
Entre as duas quedas, a queda lateral foi aquela que mais problemas trouxe ao iPhone: embora aparentasse ter sofrido apenas danos estéticos, o ecrã ficou inoperável após a queda.
A queda traseira, por sua vez, estilhaçou o painel traseiro na sua totalidade “deixando fragmentos de vidros soltos” que dificultavam o manuseamento do dispositivo. Ambos os testes devolveram uma pontuação de 100 na escala de danos.
TESTE DE IMERSÃO
O iPhone X sobreviveu 30 minutos submerso em 1,5 metros de água, até ter parado de funcionar por completo.
Este foi o teste mais bem classificado do smartphone, empatado com o teste de flexibilidade: 30 pontos em 100.
LANÇAMENTO
O teste de lançamento, segundo a seguradora, simula “a queda do modelo do tejadilho de um automóvel”, e demonstrou mais uma vez que o novo iPhone é propenso a danificar-se em caso de queda.
O dispositivo ficou com fissuras à frente e atrás e os softwares de reconhecimento facial e do “novo deslize de menu inicial” deixaram de funcionar por completo. Na escala de danos, somou 70 pontos.
TESTE DE QUEDA
Este teste simula uma queda contínua de 60 segundos e pretende simular, por exemplo, o que acontece caso o smartphone caia de um lance de escadas.
Apesar do ecrã, com fissuras, continuar a reconhecer o toque, o deslize de menu inicial – que permite que os utilizadores desliguem ou naveguem pelas aplicações abertas – deixou mais uma vez de funcionar.
Por outras palavras, a aplicação que estivesse aberta no momento da queda seria a que permaneceria aberta para sempre – ou pelo menos até mandar arranjar o telefone. Mais 100 pontos para este teste.
REPARAÇÃO
O teste de reparação avalia o preço do arranjo do smartphone. Segundo um técnico especialista da SquareTrade, “o ecrã OLED mais fino e caro é também mais dispendioso de substituir”.
A pequena dimensão dos componentes internos do dispositivo também influencia o preço de reparação, o que leva a empresa a concluir que talvez seja esse o motivo por que “a Apple cobra cerca de 250 euros pela substituição do ecrã fontal e 500 euros por outras reparações”. Devido aos elevados valores de reparação, o aparelho obteve neste teste 80 pontos em 100.
“Risco elevado”
Em média, o iPhone X apresenta uma Pontuação de Resistência e Fragilidade de 90 pontos e é considerado pela SquareTrade como um dispositivo de risco elevado.
“Era expectável pagar-se um preço mais elevado por um telemóvel tão bonito como iPhone X. Infelizmente para os consumidores, o preço final pode ser bem superior aos cerca de 1000 euros que investem inicialmente”, adverte Jason Siciliano, vice-presidente da direção criativa da empresa.
Em conclusao, Siciliano refere que “apesar de a Apple dizer que este é o vidro mais resistente de sempre de um smartphone, o iPhone X é o iPhone mais frágil que testámos até agora”.
Como afirma a Apple, o design inovador faz do novo iPhone X uma peça que “fica tão bem na mão como é agradável ao olhar”. Já na carteira, nem tanto…