Um café em Hong Kong pode custar 7 euros e uma ida ao cinema em Londres pode ser quase três vezes mais cara que em Lisboa. São apenas algumas comparações que um estudo da Mercer revelou. Com sede em Portugal desde 1993, a Mercer é uma empresa de consultoria financeira que se dedica à análise de mercados, com o objetivo de antecipar e entender decisões de negócio.
Anualmente, publica um estudo denominado Cost of Living (Custo de Vida) onde revela fatores que contribuem para o atual custo das expatriações mundiais, como instabilidade dos mercados imobiliários e inflação de bens e serviços. O vigésimo terceiro ranking de cidades mais caras do mundo, publicado este ano, analisou cidades dos cinco continentes e o custo de mais de duas centenas de itens – como alojamento, transportes, alimentação, vestuário e bens domésticos e de entretenimento.
Os resultados revelaram que Lisboa desceu três posições e ocupa agora o 137º lugar, na lista de 209 cidades analisadas. Luanda ocupa a primeira posição e os contrastes com a capital portuguesa são perceptíveis com apenas uma comparação: arrendar um T3 em Lisboa ronda os 2 mil euros e em Luanda os 12 mil.
Nas seguintes posições encontram-se as cidades de Hong Kong (2), Tóquio (3), Zurique (4) e Singapura (5). Apesar de descer um lugar relativamente ao ano passado, Zurique mantém-se a cidade europeia com o custo de vida mais elevado.
Diogo Alarcão, CEO da Mercer Portugal, explica a importância desta análise, que constitui um dos estudos mais abrangentes a nível mundial: “Apesar de historicamente a mobilidade, a gestão de talento e a compensação serem geridas de forma independente, as organizações estão a adotar atualmente uma abordagem mais holística para melhorarem as suas estratégias de mobilidade.”
“É importante garantir a competitividade da compensação em processos de expatriamento e, por isso, as políticas de mobilidade devem ser determinadas com base no custo de vida, na moeda e na localização”, acrescenta.