Marijuana, cogumelos mágicos e ecstasy estão prestes a dar o salto do consumo recreativo (e ilegal) para os laboratórios clínicos. Os EUA deram ‘luz verde’ a ensaios avançados com a substância do ecstasy, para lidar com o stress pós-traumático. Portugal faz parte de um grupo de 14 países europeus em que o uso de canábis é permitido, ainda que não esteja a ser comercializado o fármaco autorizado pelo Infarmed. Saiba quais são e como funcionam as substâncias psicadélicas que a medicina está a recuperar para efeitos terapêuticos.
1. LSD e Psilocibina (cogumelos mágicos)
Potencial
Ansiedade existencial e de depressão (em doentes oncológicos), na perturbação obsessivo–compulsiva, enxaquecas e redução de recaídas em alcoólicos.
Uso prolongado
Problemas cardíacos, náusea, perda
de memória
2. MDMA
Potencial
Em psicoterapia assistida, alívio de sintomas da perturbação de stresse pós-traumático
Uso prolongado
Fobia e paranoia, défice cognitivo, problemas de fígado e perdas de memória
3. Canábis
Potencial
Promove qualidade de vida em pacientes com parkinson, crohn, esclerose múltipla e em quimioterapia (THC reduz espasticidade, náuseas e dor), na epilepsia e psicose (canabidiol, que não tem propriedades psicoativas)
Uso prolongado
Vómitos, défice cognitivo, problemas mentais (só no tipo de canábis psicoativa)
4. Ketamina
Potencial
Analgésico para alívio da dor crónica e efeitos antidepressivos de ação rápida
Uso prolongado
Complicações respiratórias e insuficiência cardíaca