Ali David Sonboly,18 anos, nacionalidade alemã e iraniana, era descrito como tímido, gostava de vídeo jogos de guerra. Ao longo dos últimos anos recebia apoio psiquiátrico e tomava medicação por ter sido vítima de violência aos 12 e 14 anos de idade.
O atacante era o filho de refugiados iranianos que chegaram à Alemanha na década de 1990. O pai era taxista. Os vizinhos confirmam que nunca evidenciou um comportamento violento. Os pais estão em choque, ainda não conseguiram ajudar nas investigações.
A polícia revistou o apartamento onde residia o jovem e descobriu através das suas pesquisas na Internet que tinha obsessão por massacres e sociopatas, não descobriram, no entanto, qualquer ligação a jihadistas ou grupos com motivações politicas.
A maioria das vítimas eram adolescentes, cinco deles com menos de 16 anos. A polícia desconfia que Ali David Sonboly desafiou jovens de várias nacionalidades para um encontro no Mc Donalds, junto ao centro comercial Olympia, prometendo refeições gratuitas, para depois os abater a sangue frio. Entre os mortos estão três turcos, três albaneses e um adolescente grego.
As autoridades desconfiam que escolheu o dia 22 de Julho porque a data assinalava os cinco anos desde Anders Breivik realizou os atentados em Oslo e na ilha de Utoya, na Noruega, onde morreram 77 pessoas, na maioria jovens. Um colega de Ali Sonboly disse ao jornal alemão Bild que o jovem tinha usado o rosto de Breivik como imagem de perfil no WhatsApp.
.Ali David Sonboly suicidou-se no local. Ao lado do corpo estava uma mochila com mais 300 munições que não foram utilizadas pela pistola Glock de 9 mm, uma arma semiautomática, ilegal, que tinha o número de série raspado. A policia terá de utilizar técnicas especificas para repor o número e descobrir a origem da arma. As autoridades desconfiam que foi comprada na Internet.
As perícias no local do massacre foram concluídas, mas existem muitos factos por apurar. A polícia procura respostas e “juntar as peças” de um puzzle difícil de completar.
“O adolescente não estava identificado pelas forças de segurança porque não tinha antecedentes criminais”, explicou Thomas de Maizière, ministro do interior alemão.
Em Munique, no rescaldo do massacre que fez nove mortos e 27 feridos tudo volta lentamente à normalidade. Todos os eventos públicos previstos para o fim-de-semana foram cancelados. O momento é de reflexão e de homenagem às vítimas.