Alguma vez se sentiu perdido no que fazer enquanto preparava uma viagem? No aeroporto? Tem medo de andar de avião? Ou teme a segurança no aeroporto ou no país que vai visitar? Pois então não tema mais. Luís Filipe Borges, conhecido também por “Boinas”, lançou recentemente o livro Destinos Em Falta Para o Passageiro Distraído (Marcador), no qual relata as viagens que fez e a experiência que adquiriu durante as mesmas, de modo a aconselhar o leitor. Desde os Açores, de onde é natural, até à Turquia, passando por México, Dubai ou Los Angeles, o comediante faz relatos, observações e lança dicas para aqueles que planeiam entrar num avião e sair à descoberta.
Aqui ficam algumas das suas recomendações:
Segurança no estrangeiro
– “Ai, não vou a esse sítio porque é perigoso!” Esqueça. “Que sera, sera“, como cantava a Doris Day. Tenho um amigo brasileiro, nascido e criado em São Paulo, que trabalhou uma duúzia de anos em bairros marginais, antes de emigrar, já trintão, para Portugal. Foi assaltado uma única vez na vida. Onde? Em Castelo Branco.
– Use os cofres dos hotéis. Evite levar mais dinheiro do que o essencial. Deixe a réplica do Rolex em Portugal. Em último caso, aprenda a dizer na língua do potencial assaltante uma simples frase: “Sou português.” Há uma forte probabilidade de compadecimento. Além de baixar a arma, talvez lhe ceda uns trocos.
– Rodeie-se dum grupo animado. Além de a união fazer a força, estou convencido de que, com as pessoas certas, um gajo até em Cabul é capaz de se divertir.
A evitar, como se fôssemos vampiros perante cruzes
– Comer perto de atrações turísticas. Uma experiência: o leitor almoçaria de livre vontade na Rua Augusta, constantemente assediado na rua por indivíduos com ementas em inglês, vendedores de bugigangas e músicos mal amanhados a tocar o portuguesíssimo “O Sole Mio“? Só admissível em duas situações: desfalecimento por extrema malnutrição ou perda escandalosa duma aposta.
– Guías turísticos, Canon ao pescoço, autocarros de excurcionistas. Não é só o excesso de peso que custa na mala (e à carteira). Livre-se do máximo de bagagem possível. Viajar é andar a pé em terras estranhas o máximo que puder. E guias? Só se forem amigos locais. De resto, recupere o espírito do mítico slogan das Páginas Amarelas e “vá pelos seus dedos”. Dos pés. Ir por aí fora a fazer o pino é coisa p’ra dar nas vistas.
– Barricar-se no resort. Se você atravessa um oceano só para ficar dez dias num resort alemão com turistas italianos e animação em inglês tem de perceber que, embora tenha aterrado num aeroporto sito em Vera Cruz, não se encontra no Brasil. E poupava bem mais se tivesse simplesmente descido a A2. Além de contribuir para a economia nacional. #ConselhosdoCosta