A equipa Re/Max YES decidiu presentear Miguel Dias com uma surpresa radical. Uma surpresa como deve ser, com direito a olhos vendados e tudo. Mas a surpresa maior para este broker da agência Re/Max YES de Paço de Arcos foi quando percebeu que a sua experiência podia ter sido trágica se tivesse acontecido 24h depois.
No passado sábado, dia 18 de junho, Miguel chegou à escola de paraquedismo Sem Limites – Escola de Paraquedismo * (ler nota no final deste texto), em Canhestros, Ferreira do Alentejo, sem saber no que se estava a meter. Afinal, o salto era uma surpresa oferecida pela sua equipa, que lhe vendou os olhos até chegar ao local. Quando percebeu o que se estava a passar, este homem de 47 anos admite que ficou um pouco apreensivo, mas que esse sentimento rapidamente passou quando lhe explicaram todos os procedimentos. “É importante transmitirem-nos uma espécie de «segurança inicial», que na minha opinião faz toda a diferença na hora de entrar na avioneta”, diz Miguel Dias à VISÃO. “É a chamada ‘alavancagem’. As instruções do Carlos, o instrutor que saltou comigo, foram fundamentais”, continua.
No momento do salto, estava na companhia de parte da equipa e do seu filho mais novo, e confessa que foi tomado por um misto de sensações e um pico de adrenalina. Apesar de parecer tudo tão rápido, e de não ter muito tempo para pensar, Miguel considera “incrível a quantidade de pessoas que recordamos nalguns milésimos de segundos: família, amigos (…)”.
Mas Miguel não quis acreditar quando soube da queda do avião que lhe proporcionou todas estas sensações, e onde tinha estado no dia interior. “Este é um momento de lazer e descontração e de maneira alguma devia terminar desta forma”. Por outro lado, e embora ainda lhe custe pensar nisso, admite sentir uma espécie de alívio, por o acidente não ter ocorrido 24 horas antes.
Sobre repetir a experiência, Miguel diz que provavelmente o evitará num curto espaço de tempo, mas que o pode ponderar no futuro. “Nestes casos temos de perceber que infelizmente não é novidade, este tipo de acidentes podem ocorrer quando menos esperamos. O mesmo acontece também na aviação civil e não ponderamos sequer desistir de viajar.”
Miguel Dias partilhou a sua experiência através de um vídeo no Facebook. A frase “I was born again.” [Eu nasci outra vez] acompanhou a publicação. Nasceu de novo porque passou a ter outra noção da vida. “A partir deste momento aprendi a dar mais valor a pormenores que se calhar me passavam despercebidos. Valorizo cada dia e dou graças por continuar a percorrer o meu caminho com quem gosto e com quem gosta de mim. Ajudar os meus clientes a realizarem os seus sonhos, sem descurar os meus próprios. Partilhar, dar e receber, agradecer a família e amigos que tenho.”, confessa.
* NOTA: Na notícia publicada originalmente era erradamente referido o nome da Escola Skydive. Tratou-se de um lapso do entrevistado, Miguel Dias, que esta tarde fez questão de nos enviar a retificação e um pedido de desculpas à escola Skydive Portugal e aos leitores da VISÃO