As revelações constam de um relatório policial feito na sequência de uma busca à casa de Michael Jackson, em 2003. Segundo divulgou o site norte-americano Radar Online, o cantor guardava um vasto material que misturava pornografia infantil, tortura animal e sadomasoquismo em Neverland, o rancho da Califórnia onde morava.
“Os documentos recolhidos pelos oficiais pintam um quadro sombrio e assustador de Jackson e expõem-no como um predador e manipulador viciado em sexo e drogas, que usava imagens explícitas de sacrifício animal e sexo para convencer os jovens a fazerem-lhe a vontade”, disse um dos investigadores.
Nos relatórios, as autoridades descrevem imagens de crianças sangrando e aparentando dor. “Há uma foto particularmente doentia de uma criança segurando o que parece ser um asno morto espancado. Em um livro encontrado, há uma imagem perturbadora de uma sósia de Jonbenet Ramsey [rainha de beleza infantil que foi assassinada em 1996, aos 6 anos] com uma laço no pescoço.”
Segundo a mesma fonte, as fotos encontradas revelam um lado sádico que quase ninguém conhecia”, acrescentou.
Na época, o promotor Tom Sneddon, conhecido por ter mediado a acusação contra o cantor em duas ocasiões – 1993 e nesse mesmo ano de 2003 – escreveu nos documentos que os “os materiais descritos são relevantes para as questões de intenção do réu e seu método de ‘preparação’ para que os meninos lhes dessem satisfação a partir dos seus desejos lascivos”.
Já no ano passado foram noticiadas novas suspeitas de que Michael Jackson, que morreu em junho de 2009, teria abusado sexualmente de crianças, depois da denúncia pública de dois homens que o acusam de terem sido molestados na infância. A acusação de Robson foi mesmo uma enorme surpresa dado que o australiano foi o maior defensor do cantor durante anos e testemunhou mesmo a seu favor num processo de abuso infantil que decorreu em 2005, e que acabou com a estrela a ser declarada inocente. Resultado: a justiça de Los Angeles considerou que tanto o coreógrafo australiano Wade Robson, de 33 anos, como o norte-americano James Safechuck, 37, que participou na tour patrocinada pela Pepsi nos anos 1980, esperaram tempo demais para o contar às autoridades – e arquivaram as queixas.