Se comer, por dia, uma ou duas doses iguais a esta (apenas 25 gramas) de feijões ou outras leguminosas, os especialistas garantem-lhe uma série de benefícios. É um tipo de alimento – onde cabem, além do feijão, o grão, as favas, as lentilhas, os tremoços, as ervilhas – rico em proteínas e hidratos de carbono de baixo índice glicémico. Saciam bastante porque têm muita fibra, além da abundância em vitaminas e minerais. Na sua composição também se encontram substâncias bioativas, como os compostos fenólicos, os flavenóides, as isoflavonas e outros antioxidantes. Posto isto, é caso para perguntar: do que está à espera para pôr já os feijões de molho?
A Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN) dá uma ajuda, ao lançar a campanha Uma Porção de Leguminosas por Dia, para que voltemos a comê-las na dose correta, aconselhada na Roda e na Pirâmide dos Alimentos. Elas deveriam representar 4% de tudo o que ingerimos – na realidade não passam de uns insignificantes 0,6 por cento.
Se ainda tiver dúvidas sobre o que fazer com tanta variedade e acerca das suas principais características nutricionais, saiba que a APN publicou no seu site o e-book Leguminosa a Leguminosa, encha o seu prato de saúde. Além disso, todos os meses será publicado um cartaz digital com informação específica para cada leguminosa e uma receita cedida por chefes de renome nacional. A ideia já foi lançada com as lentilhas e uma salada de camarão e algas do chefe Kiko. Nos próximos meses será a vez de apontar as ideias de Filipa Gomes (24 Kitchen) para o grão de bico, de Miguel Laffan (L’and Vineyards) para o chícharo, de José Avillez (Belcanto) para o feijão, de Hélio Loureiro (Dunas Douradas) para o tremoço e de Jorge Sousa (Poivron Rouge) para a feijoca. A partir de agora, deixaram de colar as desculpas para a falta de imaginação na hora de pôr leguminosas na mesa.