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Capa do novo livro de Carla Rocha
Além de nos fazer companhia de segunda a sexta no seu programa “Rocha no Ar”, na RFM, Carla Rocha é também formadora na área da comunicação. O seu novo livro “Fale menos comunique mais – 10 estratégias para se tornar um grande comunicador” conta com exercícios, conselhos e dicas para uma comunicação eficaz, e nós resumimos as 10 estratégias essenciais para ser um grande comunicador.
Assertividade: não fique em cima do muro, escolha um dos lados
Para praticar a assertividade, a locutora de rádio dá três conselhos: pensar antes de falar, ser claro, direto e honesto e evitar dizem “sim” quando gostaria de dizer “não”.
Características da pessoa assertiva:
Sabe conversar adequadamente;
Expressa sentimentos;
Faz pedidos;
Responde a pedidos;
Resiste à pressão;
Aceita uma crítica;
Mostra interesse;
Pede desculpa.
Escutar: Ouça mais do que fala
Algumas táticas para praticar a escuta ativa:
Concentre-se na pessoa que fala consigo;
Repita na sua cabeça as mensagens-chave que recebeu;
Mostre que está a compreender o que lhe dizem mantendo contacto visual ou acenando com a cabeça;
Clarifique a informação. Repita o que lhe estão a dizer por palavras suas para se certificar de que entendeu a mensagem tal e qual ela foi transmitida;
Evite interromper ou orientar a conversa;
Encoraje o outro a falar;
Numa situação de conflito, liberte-se das emoções negativas. Controle as suas emoções e ajude os outros a controlarem as deles. Só o simples facto de mostrar que está disposto a ouvir e a compreender o outro tem um efeito apaziguador.
Simplicidade: fale português, fuja do “compliquês”
Carla Rocha explica a regra dos três “S”:
Seleccione: o que quer dizer? Reduza a informação ao essencial;
Simplifique: evite mensagens complexas, opte por mensagens de compreensão imediata;
Sublinhe: reforce a ideia do principal com uma frase memorável.
Não se esqueça de manter a mensagem curta. Quanto mais objetiva, mais simples e mais clara.
Conte mais histórias: abra o seu livro, revele-se
Conte histórias curtas, histórias emocionalmente curtas, histórias em que tudo correu mal.
Quando estruturar uma história deve ter em conta o seguinte:
A essência da história;
O acontecimento ou a situação;
As pessoas que entram na história;
O obstáculo que foi necessário enfrentar;
O processo escolhido para superar o obstáculo;
A resolução da história;
A lição aprendida.
Empatia: calce os sapatos dos outros, mesmo que lhe fiquem apertados
Para aumentar a sua capacidade de empatia, evite:
Julgar o outro enquanto ele fala ou tecer rótulos como “pouco inteligente”, “fútil”, “chato”, “preguiçoso”, etc;
Julgar de antemão o que é importante e o que não é em relação ao que o outro está a dizer – ouça com a mente aberta;
Comparar-se ao outro;
Querer responder rapidamente e interromper constantemente.
Mantenha a mente aberta: a arte de não se fechar na sua concha
Mantenha a mente aberta quando comunica:
Seja flexível. Não tente ter sempre razão;
Visões e opiniões são isso mesmo, não são verdades absolutas;
Procure ter autocontrolo nas situações mais desafiantes;
Escute atentamente o ponto de vista do outro e só depois responda;
Reflita, evite falar impulsivamente;
Não critique nada que não conheça;
Admita os seus erros. Com a atitude certa, até nos momentos de conflito pode aumentar a sua credibilidade;
Esteja aberto ao compromisso e à negociação.
Linguagem corporal: escolha bem o que diz, mesmo quando está calado
PROCURE:
Manter-se direito;
Movimentar-se q.b.;
Ocupar espaço, ganhar confiança;
Utilizar as mãos a seu favor;
Sorrir;
Manter o contacto visual;
Posicionar-se corretamente;
Dar exclusividade à outra pessoa;
Tirar partido da sua voz.
EVITE:
Cruzar os braços à frente (mostra que está na defensiva);
Pôr as mãos atrás das costas (revela autoridade);
Coçar a cabeça (revela dúvida e confusão);
Olhar em volta prolongadamente (revela desinteresse e aborrecimento);
Olhar para baixo (revela timidez ou falta de confiança);
Olhar de cima (revela superioridade).
Capacidade de mostrar: escolha as palavras mais nítidas e mais coloridas
Técnicas para desenvolver a capacidade de falar “visualmente”:
Manter a curiosidade de criança;
Usar analogias;
Descrever as suas personagens;
Interagir com a audiência.
Autenticidade: não se separe do que comunica
Seja autêntico. Incorpore aquilo que está a comunicar. Uma pessoa está mais propícia a adquirir um produto se o seu comunicador se apresentar de forma fidedigna e verdadeira. “Ser-se genuíno é fundamental para uma apresentação forte e memorável”, diz Carla Rocha.
Humor: o melhor ângulo é o positivo
“Há estudos que demonstram que o humor ajuda a aprendizagem e deixa a plateia mais recetiva à mensagem que estamos a passar. As pessoas com sentido de humor são percecionadas como boas pessoas.”, escreveu Rocha no seu livro.
Táticas para introduzir o humor na comunicação:
Use um vídeo engraçado para reforçar o seu ponto de vista;
Crie frases memoráveis e inusitadas para reforçar uma ideia que quer muito que a equipa retenha daquela reunião;
Use o seu material.