O caso de Maria Manuela Ferreira, contado na edição desta quarta-feira do Correio da Manhã, ilustra o drama que foi tema de uma reportagem da VISÃO no final de janeiro: Há 4 mil doentes de hepatite C a precisar de tratamento urgente, mas nem os 150 prometidos no ano passado chegaram a receber do SNS os medicamentos que podiam curá-los.
Maria Manuela, 51 anos, morreu sexta-feira, depois de sete internamentos na sequência de um agravamento do seu estado de saúde em fevereiro de 2014.
“Andaram a iludi-la, a dizer-lhe que ia ser tratada, mas no hospital nunca foram capazes de lhe dar o medicamento”, lamenta o filho, em declarações ao CM. O medicamento em causa é o sofosbuvir, que o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, a que pertence o Egas Moniz, onde esteve internada, começou por pedir em junho de 2014. “O uso compassivo do Harvoni [o nome comercial do medicamento] foi aceite pela farmacêutica em janeiro último), afirma a administração do hospital.