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Matemática: Formalismo a mais
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Geografia: Boas notas
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Economia: Sempre a descer
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Português: Falta estabilidade
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História: Esperar para ver
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Biologia e Geologia: Elogio do equilíbrio
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Física e Química: O patinho feio
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Desenho: Tipologia ‘errada’
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Geometria Descritiva: Longe do desejável
O que vale um exame? Quando se deve fazer? Para que serve? Como influencia o papel dos professores? Desde que David Justino, ministro da Educação do Governo de Durão Barroso, introduziu os exames no 9.º ano, o panorama da escola portuguesa mudou. Hoje, os professores olham para os resultados como nunca tinham olhado. E, todos os anos, os alunos e as suas famílias esperam pela época das provas do 4.º ano, do 6.º ano, do 9.º ano e do secundário com ansiedade. “Um sistema educativo sem regulação externa está votado ao fracasso, mas um sistema que vive em função dos exames e centrado nos resultados também dificilmente evolui de forma positiva”, nota Hélder Sousa, presidente do Instituto de Avaliação Educativa, instituição responsável pela produção das provas nacionais.
Os exames valem 30% da nota. Alguns especialistas ouvidos pela VISÃO consideram que deviam ter mais peso no acesso ao ensino superior, pois as escolas “inflacionam ” as notas de frequência, que valem 70 por cento. Mas há também quem aponte o dedo a um ensino redutor, demasiado preocupado com resultados e apelando pouco ao raciocínio. Os dados da Pordata/Instituto de Avaliação Educativa que revelamos permitem ter uma ideia de como evoluíram os resultados desde 2008 (entre os alunos que frequentaram a disciplina, na primeira fase) e mostram as áreas em que os estudantes têm mais dificuldades. Ensinar para os exames? Ou “aprender pelo valor do que se aprende”, como diz Hélder Sousa? A discussão segue dentro de momentos…