Fonte do Salvamento Marítimo confirmou que a visibilidade na zona era ao início da manhá “muito má” devido ao nevoeiro e que uma equipa de mergulhadores deverá partir para o local, a partir da base do Centro de Salvamento Marítimo em Gijón cerca das 09:30 locais (08:30 em Lisboa).
“A equipa de mergulhadores estará preparada para chegar ao interior da embarcação. Mas ainda é cedo para dizer se o estado do mar ou as condições permitirão a imersão”, disse à Lusa a fonte do Salvamento Marítimo.
“Só lá, no local, se poderá perceber se é ou não possível aceder ao navio”, disse.
A mesma fonte explicou que as buscas serão apoiadas por meios idênticos aos utilizados na segunda-feira incluindo um helicóptero de Salvamento Marítimo e outro dos Bombeiros de Gijón que devido à fraca visibilidade ainda não levantaram.
Na segunda-feira várias equipas de mergulhadores, do Grupo Especial de Atividades Subaquáticas (GEAS) da Guarda Civil e do Salvamento Marítimo, estiveram na zona a tentar chegar ao interior do navio.
O estado do mar e a forte rebentação nas rochas impediu as várias tentativas e as buscas acabaram por ter que ser interrompidas.
O naufrágio causou dois mortos, um português e um espanhol, e estão seis tripulantes desaparecidos (um português, três espanhóis e dois indonésios), tendo sido resgatado com vida o capitão do navio, de nacionalidade espanhola.
As autoridades espanholas consideram que os desaparecidos poderão estar no interior do navio já que estariam a dormir no momento do acidente, que ocorreu às 05:30 locais (04:30 em Lisboa).
Armando Soares, representante em Portugal do armador do navio, Pescas Balayo, disse à agência Lusa que o naufrágio pode ter sido causado por um baixio.
Entretanto, o município galego de Muros – de onde eram oriundos dois dos tripulantes desaparecidos e o único sobrevivente, para já, da tragédia – decretou três dias de luto oficial.