As notícias da “morte” do cometa ISON podem ter sido “claramente exageradas”. Os cientistas acreditam que o objeto, ou pelo menos parte, possa ter sobrevivido à aproximação ao Sol.
“Parece-nos agora que alguma parte do núcleo do ISON conseguiu, de facto, passar pela corona solar e reemergiu”, afirma Karl Battams, especialista em cometas do Laboratório de Investigação Naval dos EUA, em declarações à CNN.
“Agora temos de observar os próximos dias para tentar perceber o seu comportamento”, acrescenta.
O ISON passou a menos de 1.200 quilómetros da superfície do Sol, por volta das 19h00, hora de Lisboa, um “mergulho” a que assistiram vários satélites da NASA e da Agência Espacial Europeia (AEE).
Na altura, os cientistas ficaram com a ideia de que o cometa se tinha desfeito e a AEE anunciou mesmo a sua morte no Twitter. Já esta sexta-feira de manhã, emenda: o ISON “continua a surpreender”.
As imagens divulgadas esta sexta-feira mostram o cometa a avançar em direção ao Sol e depois algo, que se presume ser o ISON, a emergir do outro lado.
A possibilidade está a animar astrónomos de todo o mundo, com alguns a a chamar ao ISON um “cometa zombie” e outros a lembrarem uma velha piada: “Os cometas são como os gatos: têm caudas e fazem o que querem”. As sete vidas serão mais uma coisa em comum?