“Não é um problema que um único país afetado possa controlar sozinho”, considera Margaret Chan, diretoral geral da Organização Mundial de Saúde, sublinhando que o novo coronavírus é atualmente a sua “maior preocupação” atualmente.
E a preocupação é maior precisamente pelo pouco que se sabe ainda sobre o vírus, da mesma família que causou uma epidemia de síndrome respitarória aguda grave (SARS), em 2003, com origem na Ásia.
“Não sabemos onde se esconde. Não sabemos como as pessoas estão a ser infetadas. Até respondermos a estas questões, estamos de mãos vazias no que toca à prevenção”, avisou a responsável, no final de uma cimeira, na Suíça.
Das 49 pessoas infetadas em todo o mundo, 27 morreram. As últimas vítimas foram registadas na Arábia Saudita.
Devido à concentração de casos no Médio Oriente e à semelhança com o vírus da SARS, a Organização Mundial de Saúde chamou a este novo vírus MERS-CoV, sigla inglesa para “Middle East respiratory symptom coronavirus” ou “coronavírus de sintomas respiratórias do Médio Oriente”. O que começa como uma constipação, com febre e tosse, evolui para um quadro mais grave que pode levar a pneumonia e a falha renal.