Os elogios feitos de pais para filhos podem originar a perda de confiança na imagem dos elogiados e, por essa razão, a representante governamental afirmou, em entrevista do The Daily Telegraph, que os pais não devem elogiar a beleza dos filhos.
De acordo com estatísticas citadas por Jo Swinson, uma em cada quatro crianças com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos, vivem descontentes com a sua aparência.
Segundo a responsável, os elogios que os pais fazem aos filhos fazem com que as crianças comecem a achar que a aparência é fundamental para ter sucesso na vida. Swinson defende que as crianças devem ser elogiadas por cumprir bem as suas tarefas ou por desenvolverem capacidades intelectuais e não por serem bonitos.
A secretária de Estado, de 33 anos, não tem filhos mas sugeriu também que as mães devem ter algum cuidado a falar sobre os seus corpos em frente aos filhos.
A liberal-democrata falou devido à publicação de um relatório elaborado pelo Governo, cujas conclusões visam aumentar a consciencialização do papel positivo e negativo do corpo nos meios de comunicação e encontrar maneiras para construir uma maior auto-estima entre os mais jovens.
De acordo com as estatísticas, 72% das raparigas sentem ser importante ter uma boa aparência devido à atenção que é dada às celebridades por parte dos meios de comunicação.
Em casos extremos, as crianças podem vir a sofrer de dismorfia corporal, um transtorno psiquiátrico em que as pessoas não se sentem felizes com o seu corpo e aparência e tentam mudá-lo constantemente. Isto pode afectar a educação da criança e, principalmente, a sua postura na escola e em ambientes sociais.
Jo Swinson escreveu, no passado mês de dezembro, aos editores das principais revistas inglesas, pedindo-lhes “para lançar artigos sobre os mitos do fitness e das dietas rápidas que se encontram na moda”. Elogiou marcas como a Dove, Marks & Spencer e a Debenhams, que tentam, nas suas campanhas publicitárias, mostrar imagens de corpos mais realistas e com fotografias pouco editadas.