Inspirada nas muitas questões deixadas pelos visitantes do museu, desde 2001, a iniciativa pretende pôr o público em contacto com a cultura judaica. As questões abordadas pelo judeu dentro da caixa de vidro vão desde os esterotipos mais comuns a temas politicamente incorretos, até à forma como alguém se pode converter.
Junto à caixa, em jeito de legenda, a pergunta: “Ainda há judeus na Alemanha?”
As reações à exposição, aberta desde o início do mês, que inclui outra instalações menos polémicas, têm sido variadas, mas a irritação predomina nos testemunhos recolhidos pela Associated Press. Stephan Kramer, uma figura destacada da comunidade judaica em Berlim, lança, irónico: “Porque não lhe dão uma banana e um copo de água, ligam o aquecimento e fazem o judeu sentir-se realmente confortável na sua caixa de vidro?”
“Degradante” é outro termo usado para descrever a exposição. Eran Levy, um israelita que vive na capital alemã há vários anos, diz-se horrorizado com a ideia de apresentar um judeu como peça de museu: “É uma coisa horrível de se fazer, completamente degradante.”