Asseguro repousa, como um morto, em cima das costas do sofá. À volta da cabeça, um saco de plástico preto protege-o das agressões de uma viagem de pouco mais de vinte minutos, entre a produtora Mandala, em Lisboa, e as instalações da SIC, em Carnaxide. Os manipuladores ajeitam-lhe a gravata e procuram-lhe os óculos, guardados, com todo o cuidado, numa mala.
Está assim pronta a nova caricatura de meio corpo e a três dimensões de António José Seguro, atual líder do PS.
Metem-na no elevador rumo a um estúdio para gravar as promoções do programa que se estreia na terça-feira, 5 de março, na SIC Notícias, bem perto das 9 da noite. O Contrapoder, que passará de segunda a sexta, é repetido uma hora depois (também há compacto, ao fim de semana) e terá algumas emissões na SIC Radical. “Trata-se de uma ironia sobre a atualidade”, afirma António José Teixeira, o diretor da SIC Notícias, como que a justificar a presença de bonecos e de um programa não informativo num canal cem por cento noticioso.