Brindado com uma notória mobilização numa arruada em Queluz, onde foi interpelado muitas vezes por idosos e mulheres, Paulo Raimundo começou o quinto dia da campanha eleitoral para as legislativas. Mas antes de chegar às ruas daquela localidade de Sintra, uma das freguesias mais populosas do País, esta quinta-feira, já sabia que uma sondagem colocara a CDU a descolar (timidamente) do último lugar – em que tem sido colocada pelos vários estudos de intenções de voto ao longo do mês de fevereiro.
Antes de um encontro com o setor da cultura, na Casa do Alentejo, no centro da capital, o secretário-geral do PCP dedicou parte da tarde à Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, onde ouviu apelos de quem apoia e trabalha com cerca de 300 pessoas – desde crianças a idosos.
Ao fim da tarde, e apesar de não se tratar já de uma novidade – tendo em conta que já havia sido anunciada há alguns dias -, Paulo Raimundo teve ao seu lado António Sampaio da Nóvoa, o antigo candidato presidencial, em 2016, que foi então apoiado pelos mais importantes dirigentes socialistas.
A quinta-feira terminou no pavilhão dos Bombeiros de Sacavém, que encheu com cerca de 300 pessoas, apesar de, à mesma hora, estar a decorrer o jogo entre o Benfica – Sporting. “Gostamos de bola; mas não andamos cá para ver bola. Temos objetivos muito mais importantes”, brincou António Filipe, ex-deputado do PCP, que não conseguiu ser eleito em 2022, e que corre no segundo lugar pelo círculo de Lisboa, atrás de Raimundo.