Carlos Costa Neves foi rápido a aceitar o convite de Luís Montenegro. Ainda a polémica sobre o salário de Hélder Rosalino ocupava os espaços de comentário na televisão e já o recrutamento do novo secretário-geral do Governo estava a ser fechado. Costa Neves não hesitou graças à boa relação pessoal que mantém não só com Montenegro, mas também com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e começou a fazer as malas para vir da ilha Terceira, nos Açores, para Lisboa.
No Campus XXI, a sede do Governo, tem já quatro dos seus seis secretários-gerais adjuntos, todos eles nomeados em regime de substituição para escapar ao crivo da CRESAP, a agência criada por Passos Coelho nos tempos da Troika para avaliar as nomeações dos dirigentes da administração pública.