O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira, antes do início da primeira reunião do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, que Portugal não é um país onde o “ódio e as questões raciais tenham uma natureza de preocupação” e que a “larga maioria da comunidade convive bem com aqueles que nos procuram e sabe separar muito bem epifenómenos em algumas circunstâncias, alguma sensação de insegurança daquilo que verdadeiramente importa, que é a integração”.
“Não somos um país onde o ódio, as questões raciais tenham uma natureza de preocupação, o que não significa que estejamos desatentos a alguns epifenómenos que existem neste domínio”, afirmou Luís Montenegro, numa declaração em que não respondeu a perguntas.
O líder do governo não referiu diretamente os desacatos dos últimos dias em vários bairros na Grande Lisboa após a morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira. “Nós felizmente somos um país cujos fenómenos de atropelo à dignidade e aos direitos humanos é residual”, disse, salientando que Portugal é um país que “é uma referência no contexto internacional do respeito pelos direitos humanos, do respeito pela dignidade das pessoas”, diz.