O ministro da Defesa dispensa que lhe mostrem os cantos à casa. Passaram-se 32 anos, mas a memória de Nuno Melo reconhece cada pedra de que é feito o quartel do Regimento de Cavalaria nº 3, em Estremoz (Évora). Ao cruzar os portões da morada dos seculares “Dragões de Olivença” – cidade “disputada”, onde, a 15 de setembro de 1707, foi criada esta unidade do Exército português –, o presidente do CDS-PP regressa a “casa”, recebido pelos militares como “um dos seus”, braços abertos, numa viagem ao passado que a VISÃO pôde testemunhar, e em que se brindou às memórias da juventude, aos exemplos de camaradagem e às trocas de afetos que não esmoreceram com o passar dos anos.
O camuflado há muito que foi trocado pelo fato e gravata, mas Nuno Melo garante, a todos com quem fala, que “não esquece” o passado, e que, também por isso, “continua em missão”. O titular da pasta da Defesa promete “tudo fazer” para corrigir o que diz ser “o estado de abandono” em que encontrou as Forças Armadas, quando chegou ao Governo. O objetivo está traçado: “Dignificar” a carreira dos militares nacionais. “Os jovens portugueses têm de olhar para as Forças Armadas como uma oportunidade, algo que é atrativo”, sublinha.