À margem da cerimónia de apresentação do relatório anual “O Estado da Nação e as Políticas Públicas”, no ISCTE, José Pedro Aguiar-Branco defendeu que Lucília Gago deveria ter-se pronunciado mais cedo e na Assembleia da República, e não em entrevista à RTP, como aconteceu.
O presidente do parlamento acredita que se a intervenção pública de Lucília Gago “tivesse acontecido há muito mais tempo”, havia “menos razões para ter juízos que foram feitos e que eram desproporcionais ou descabidos em relação à atuação do Ministério Público”. “Quanto mais tivesse acontecido lá atrás, mais credibilidades teríamos tido no setor da justiça”, acrescentou, em declarações aos jornalistas.
Aguiar-Branco também não gostou que a procuradora-geral da República tivesse escolhido a televisão para falar em vez de o fazer no Parlamento, “o local onde estão os representantes do povo”.
“Como outros procuradores no passado fizeram, responderam às perguntas, responderam àquilo que achavam que podiam responder, àquilo que achavam que não podiam responder, não respondiam. E eu teria preferido que a primeira intervenção tivesse sido no Parlamento”, disse.