A Polícia Judiciária está a investigar a contratação por uma empresa municipal de Cascais de uma agência de comunicação que trabalhou, em 2019, para a candidatura de Miguel Pinto Luz, atual ministro das Infraestruturas, ao PSD/Lisboa. Segundo informações recolhidas pela VISÃO, este é um dos processos que, esta quarta-feira, motivou várias buscas da PJ, entre as quais à Câmara de Cascais.
Ao que a VISÃO apurou, a investigação à contratação da agência NextPower partiu de uma queixa do vereador comunista Clemente Alves. O autarca referiu que a “Cascais Próxima” celebrou um contrato com a NextPower no valor de cerca de 75 mil euros, a 27 de dezembro de 2019, já depois do início da campanha interna do PSD e num período em que Miguel Pinto Luz era já assessorado por aquela agência de comunicação.
Quando o caso foi discutido em reunião de câmara, Pinto Luz e o presidente, Carlos Carreiras, negaram qualquer relação entre as duas situações, tendo adiantado que o contrato com a NextPower seria cancelado.
As buscas desta quarta-feira estão ainda relacionada com uma fábrica de máscaras cirúrgicas que Cascais criou para responder à pandemia de covid-19.
À Lusa, fonte da autarquia confirmou as buscas e referiu não saber quais os motivos nem os visados nas buscas, mas garantiu que a autarquia está a colaborar com as autoridades.
A autarquia de Cascais é presidida por Carlos Carreiras e, até janeiro de 2024, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, foi vice-presidente.