Eugénia Correia, chefe de gabinete do ministro João Galamba, deixou, esta quarta-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito, uma crítica ao mandato de Pedro Nuno Santos no Ministério das Infraestruturas, dizendo que documentos fundamentais da TAP não constavam do arquivo e do sistema de gestão documental, mas apenas no computador do ex-adjunto Frederico Pinheiro.
Respondendo a uma pergunta do deputado comunista Bruno Dias – que questionou o facto de os documentos sensíveis da TAP apenas constarem do computador portátil de Frederico Pinheiro – Eugénia Correia confirmou tal facto, mas referindo que isso já ocorria durante o “anterior gabinete”, isto é, do ministro Pedro Nuno Santos. A chefe de gabinete até aconselhou o deputado a questionar “o gabinete antes de mim” sobre o motivo para um não arquivamento seguro dos documentos confidenciais da TAP.
A chefe de gabinete de João Galamba disse que recebeu um telefonema do SIS depois de ter reportado ao SIRP que tinha sido levado um computador com informação classificada por um adjunto previamente exonerado
“No exercício das minhas funções e cumprindo as orientações que recebi, pedi uma chamada para o SIRP [Sistema de Informações da República Portuguesa]. […] Depois de ter pedido uma chamada para o SIRP, sim, recebi uma chamada do SIS [Serviço de Informações de Segurança]”, afirmou a chefe de gabinete do ministro das infraestruturas, Eugénia Correia, na audição na comissão de inquérito, que começou três horas depois da hora prevista e a seguir à audição do ex-adjunto Frederico Pinheiro.
Eugénia Correia respondia a questões do deputado Bernardo Blanco, da IL, acrescentando ter reportado ao SIRP “que tinha sido levado do Ministério das Infraestruturas um computador onde estavam incluídos documentos classificados, bem como todos os documentos relevantes referentes à TAP dos últimos anos e que tinha sido levado o computador por um adjunto previamente exonerado”.