Passavam 19 minutos das dez da noite do último 25 de Abril quando Frederico Pinheiro enviou a Cátia Rosas (técnica especialista) – com conhecimento a Eugénia Correia (chefe de gabinete de João Galamba) – as suas notas sobre a reunião dita “secreta” de 17 de janeiro entre elementos do Ministério das Infraestruturas, Christine Ourmières-Widener, ex-CEO da TAP, e o grupo parlamentar do PS, supostamente a pedido dos deputados socialistas.
A pergunta 5 é a mais sensível e a que contribuirá para as polémicas e os incidentes dos dias seguintes. A Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão da TAP questiona se “existem resumos, notas ou ata da reunião” e solicita, em caso afirmativo, o envio das mesmas. Na versão preliminar, “cozinhada” pelo gabinete a 24 de abril, é dito que não existe nada do que é pedido. Mas Frederico Pinheiro corrige na noite de 25, sugerindo uma nova redação: “O adjunto (…) coordenou a reunião ao mesmo tempo que foi retirando notas informais. Por esse facto, as mesmas podem não apresentar a totalidade do que foi abordado na reunião, sintetizando apenas os pontos essenciais.”