Afirmando estar “ciente do desafio da retenção de pessoas qualificadas para a Defesa, sobretudo para um ramo tão tecnologicamente exigente como a Força Aérea”, a ministra comprometeu-se com a implementação de várias medidas.
“A par de outras medidas transversais como o investimento nas condições de habitabilidade, através da Lei das Infraestruturas Militares, em processo de revisão, iremos lançar o Quadro Permanente de Praças na Força Aérea e do Exército antes do final do ano”, afirmou, em Beja.
Segundo Helena Carreiras, o ministério que tutela está também “a trabalhar” para “alargar o Regime do Contrato Especial a outras situações funcionais identificadas pela Força Aérea como prioritárias”.
No seu discurso, na cerimónia militar que assinalou o 70.º aniversário da FAP, a ministra abordou ainda o Plano de Ação para a Profissionalização do Serviço Militar, adotado em 2019 e que “prevê medidas para melhorar o recrutamento e a retenção nas Forças Armadas, bem como para a transição da vida militar para a vida civil”.
“É agora momento de acelerar a sua implementação e adaptá-lo a um contexto em forte mudança, promovendo a sua devida articulação com o Plano Setorial da Defesa Nacional para a Igualdade, de forma a assegurar que todas as pessoas na Defesa têm as mesmas oportunidades no acesso e ao longo das suas carreiras”, afirmou.
A ministra indicou que, “nos próximos meses”, pretende que esteja terminada a revisão do Plano para Profissionalização, que “vai concentrar-se em medidas que concorram para tornar a carreira militar mais atrativa e mais compatível com as necessidades das Forças Armadas e do País”.
O objetivo é atrair “talento de forma mais recorrente e estável” e assegurar “uma transição mais qualificada e eficaz para o mercado de trabalho”.
Além de abordar outros aspetos, a ministra da Defesa Nacional aludiu ainda ao apoio prestado pelas Forças Armadas, nomeadamente a Força Aérea, no âmbito do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR).
“Os últimos três anos contaram com o maior dispositivo de sempre, tendo a Força Aérea assegurado a disponibilidade de um total de 60 meios aéreos”, argumentou.
Portugal, salientou a ministra, “nunca teve tantas aeronaves disponíveis para enfrentar a fase mais crítica de incêndios”.
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