O candidato derrotado à liderança do PSD, Paulo Rangel, afirmou hoje que as eleições internas reforçaram a legitimidade de Rui Rio, que irá “com mais força” para as legislativas de 30 de janeiro.
“Sempre insisti que as eleições internas fossem feitas (…) Julgo que, depois de hoje, ninguém tem dúvidas de que tinha razão: que o processo eleitoral interno não prejudicava o PSD, mas que, tendo sido feito como foi, naturalmente reforçaria a legitimidade do líder”, considerou, na conferência de imprensa em que assumiu a derrota nas eleições diretas.
Rangel disse não ter dúvidas que “o agora reeleito presidente do PSD”, Rui Rio, “sai com mais força para as legislativas do que se este processo não tivesse tido lugar”.
“Foi uma prova democrática muito importante para o partido e que vai ter consequências muito positivas para o PSD nas legislativas”, previu.
Nas respostas aos jornalistas, Rangel recusou fazer uma análise dos motivos que estiveram na base da sua derrota.
“Eu candidatei-me porque tinha uma estratégia diferente do candidato que ganhou, os militantes do PSD escolheram a outra estratégia e o outro protagonista para a executar”, apontou.
Questionado se poderá protagonizar uma terceira candidatura à liderança do PSD, no futuro, depois de ter sido derrotado em 2010 e hoje, Rangel respondeu: “É uma coisa que não antevejo”, embora acrescentando já ter a experiência suficiente para não fechar totalmente qualquer cenário.
Quanto ao seu futuro próximo, Rangel garantiu que irá cumprir “até ao fim” o seu mandato como eurodeputado.
SMA // JPS