“Eu acho que sim [esperam mais de mim]. Os portugueses esperavam que o presidente não esmorecesse porque o tempo é mais difícil do que o do primeiro mandato, esperavam que tivesse mais energia para um segundo mandato mais difícil porque vai ser mais difícil do que o primeiro”, disse o chefe de Estado, no final de uma visita ao Centro Cultural Islâmico do Porto, depois de antes ter estado na câmara municipal.
Entre as dificuldades, Marcelo Rebelo de Sousa, que tomou hoje posse para um novo mandato, apontou a pandemia de covid-19 que disse ser necessário “encurtar”.
Este desafio da pandemia vai ser um longo desafio nos próximos anos, frisou, acrescentando já estar a custar muito a muitas famílias.
A reconstrução da vida das pessoas na economia e na sociedade é outro dos pontos identificados pelo Presidente da República para antever um segundo mandato “mais difícil”.
O programa de tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa teve início esta manhã com uma cerimónia na Assembleia da República, à qual se seguiu a deposição de coroas de flores nos túmulos de Luís de Camões e Vasco da Gama, no Mosteiro dos Jerónimos, entre outros momentos.
A segunda parte do programa de tomada de posse estava reservada para a cidade do Porto, onde o chefe de Estado chegou cerca das 13:45 e foi surpreendido por uma manifestação de trabalhadores da Groundforce no aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Aos Paços do Concelho, na Avenida dos Aliados, Marcelo Rebelo de Sousa chegou às 14:30, tendo sido recebido pelo presidente da câmara com o qual entrou no edifício, mas não sem antes acenar as poucas pessoas que o aguardavam à porta.
Daí seguiu para o Centro Cultural Islâmico do Porto, onde presidiu a uma pequena cerimónia e onde, à saída, se encontravam dezenas de pessoas para o cumprimentar, beijar e pedir `selfies´.
Antes de regressar a Lisboa, o chefe de Estado foi ainda visitar o Bairro do Cerco.
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