O Governo vai voltar a impor o dever cívico de recolhimento nas 19 freguesias da Área Metropolitana de Libsoa mais afetadas pela pandemia. Segundo avança o Observador, a decisão vai ser aprovada na reunião de Conselho de Ministros desta quinta-feira.
É um regresso ao controlo mais apertado e uma decisão em contraciclo relativamente ao resto do país. Além de continuar em estado de calamidade – quando o restante território nacional deixa de viver nesse estado de exceção – as 19 freguesias em que a propagação do contágio pela Covid-19 tem estado mais acentuado vão voltar a ter de respeitar o dever cívico de confinamento.
O recuo no desconfinamento – que António Costa sempre admitiu como possível e que o Público avançava na edição desta quinta-feira – prevê que os moradores das freguesias abrangidas por este dever só possam sair de casa em situações excecionais: trabalhar, comprar bens alimentares ou medicamentos. De resto, devem permanecer nas suas habitações.
Ainda sem confirmação oficial, este retrocesso é espelho da situação alarmante que se vive em determinadas zonas da Área Metropolitana de Lisboa e da necessidade de controlar a propagação dos contágios nestas comunidades. A medida contará, à partida, com o apoio do Presidente da República, que já deixou claro estar alinhado com o Governo na necessidade de (voltar a) adotar soluções mais musculadas para controlar os contágios na região da Grande Lisboa.
Estão abrangidas pela decisão do Governo todas as freguesias dos concelhos da Amadora e de Odivelas e várias freguesias dos concelhos de Lisboa (Santa Clara), Sintra (Queluz-Belas, Massamá-Monte Abraão, Agualva-Mira Sintra, Algueirão-Mem Martins, Cacém-São Marcos e Rio de Mouro ) e Loures (a freguesia de Camarate, Unhos e Apelação e, ainda, a de Sacavém-Prior Velho).