
Assunção Cristas é, dos principais candidatos à Câmara de Lisboa, aquela que consegue criar mais interação com os seus seguidores no Facebook. Esta é a principal conclusão de um estudo feito pela empresa de comunicação Trend.info. Foram analisadas todas as publicações, ao longo das duas primeiras semanas de setembro, dos cinco principais candidatos à autarquia da capital: Fernando Medina (PS), Teresa Leal Coelho (PSD), Assunção Cristas (CDS-PP), João Ferreira (CDU) e Ricardo Robles (Bloco de Esquerda).
De todas as interações que estes candidatos geraram – reações, comentários e partilhas – através das suas publicações, a líder centrista é responsável por um volume de 46.03%. Segue-se Fernando Medina com um total de 28.66%.
No caso de João Ferreira, como não possui página de candidato, a empresa bracarense analisou o perfil da CDU Lisboa. Este ficou em terceiro lugar, sendo responsável por 12.47% de todas as interações geradas pelos candidatos. O candidato bloquista, Ricardo Robles, gerou 8.89% do total registado. A surpresa surge com Teresa Leal Coelho. A candidata social-democrata é responsável apenas por 3.68% das interações analisadas, ocupando o último lugar desta lista.
Há ainda uma conclusão que importa destacar: Fernando Medina e Assunção Cristas, para além de serem os candidatos mais populares e que mais discussões e reações geram, disputam também o mesmo universo de utilizadores. Nem todos serão eleitores de Lisboa, até porque a candidata do CDS-PP é também líder do partido, o que lhe dá uma grande projeção nacional. No entanto, não deixa de ser relevante o facto de estes dois candidatos partilharem vários seguidores. Um dado que pode “indicar que estão a disputar a atenção de uma mesma fatia de eleitores”, aponta o estudo coordenado por Sergio Denicoli, doutorado em Comunicação Social.
Assim, pode também concluir-se que tanto João Ferreira, como Ricardo Robles ou Teresa Leal Coelho falam mais para um universo específico que já terá o seu voto decidido. Numa época em que as redes sociais têm uma importância cada vez maior na comunicação política – Trump que o diga -, estas conclusões permitem identifcar algumas tendências e, sobretudo, o comportamento de alguns eleitores.