O Conselho Superior de Magistratura (CSM) abriu um inquérito ao juiz que recusou a candidatura de Isaltino Morais à Câmara Municipal de Oeiras. A decisão foi anunciada através de uma nota enviada à redações. Esta investigação surge na sequência das acusações que o candidato autárquico fez sobre o juiz depois de ficar a saber que a sua candidtura tinha sido recusada.
Depois de conhecida a decisão, Isaltino Morais afirmou que podia haver um conflito de interesses no chumbo da sua candidatura já que o juiz que ordenou a recusa , segundo diz o candidato, é afilhado de casamento de Paulo Vistas, atual Presidente da CM Oeiras e candidato às próximas eleições.
Estas alegações levaram o CSM a querer levar a cabo um “cabal apuramento da situação”, como se pode ler na nota de imprensa. O ex-Presidente da Câmara de Oeiras reagiu à decisão de abertura de inquérito através de um comunicado. A candidatura de Isaltino Morais “considera necessária, positiva e da maior urgência” a decisão do CSM e fala num “passo natural”.
No comunicado enviado ao início da tarde à VISÃO, pode ainda ler-se que há muito que “falta ainda conhecer desta relação”, adiantando que há uma outra relação que deve ser tida em conta: “A mulher do Juiz Nuno Cardoso, Catarina Isabel Macedo Cardoso, trabalha, desde o mês de maio deste ano, no laboratório dos Serviços Intermunicipalizados de Oeiras e Amadora”, considerando que este é um fator que complica a “teia de relações entre as partes desta história”.
Ontem, ao início da noite, foi noticiado que a candidatura de Isaltino Morais tinha sido chumbada por problemas alegadamente relacionados com as assinaturas. O candidato não tardou a reagir e pouco depois deu uma conferência de imprensa onde garantiu que tinha cumprido “escrupolsamente a lei” e sugeria relações de proximidade entre o juiz que ordenou o chumbo da candidatura e Paulo Vistas.