O grande movimento diplomático que se avizinha também vai ter consequências na estrutura do ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
Prepare-se para acompanhar a dança das cadeiras.
Álvaro Mendonça e Moura, o embaixador a quem se atribui grande parte do mérito da eleição de António Guterres para Secretário-Geral da ONU, reforma-se. Para o seu lugar, em Nova Iorque, será enviado Francisco Duarte Lopes, que é o atual Diretor-Geral (DG) de Política Externa do MNE.
Esta importante DG passará a ser liderada por Pedro Costa Pereira que, por seu turno, é, atualmente, o Diretor-Geral dos Assuntos Europeus.
Numa altura em que Portugal aspira a sair do procedimento por défice excessivo e em que a União vive tempos conturbados, foram buscar, para substituir Costa Pereira, Rui Vinhas, que exerce funções, em Bruxelas, de representante de Portugal no Comité Político e de Segurança (COPS).
Para o lugar deixado vago por Vinhas, a caminho da capital belga estará então Gilberto Jerónimo, o diplomata que está à frente da DG da Administração desde que deixou de ser chefe de gabinete de Pedro Passos Coelho, em S. Bento.
Para se fechar o ciclo, faltam ainda algumas (não muitas) peças. Caberá a Pedro Sousa Abreu, em Ramallah, substituir Gilberto Jerónimo.E para a Ramallah vai Rui Baceira, atualmente Cônsul-Geral em Goa.
E assim se fecha mais um ciclo.