Os segredos de Pedro Caldeira: “Deus deu-me tudo – até ganhei o Totoloto”
‘O meu primeiro ordenado na Bolsa, aos 23 anos, foi de dez contos [50 euros]. Era o dobro do que o meu pai, oficial do Exército, ganhava
Até à revolução, em 1974, apanhei meses fantásticos de Bolsa, ganhei muito dinheiro. Até o Banco de Portugal, imagine-se, era cotado na Bolsa
Tive na mão um poder enorme. Era quase obrigatório que um banco estrangeiro, que quisesse investir em Portugal, passasse, antes, por mim
Em 1986, resolvi ser banqueiro. Mas Cavaco Silva tomou-me de ponta – e eu a ele – e chumbar-me-ia o projeto
Provei em tribunal, com a apresentação de 34 mil documentos, a minha inocência
Tenho perfeita noção de que o que me perdeu na vida foi a minha própria vaidade, ambição e orgulho, que hoje considero atitudes completamente estúpidas
Hoje, faço peritagens em casos de pessoas que entregaram a gestão das suas carteiras de títulos a bancos e não estão satisfeitas com os resultados’