A única reivindicação das associações transportadoras de mercadorias que o Governo não aceitou na reunião desta noite foi a redução de preço dos combustíveis, disse à Agência Lusa o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.”Aqui, de facto, não há acordo”, disse em contacto telefónico o ministro António Mendonça, justificando que a redução “não é possível tendo em conta as atuais diretivas europeias”.
Segundo adiantou, “além de ilegal, à luz daquilo que são hoje as regras europeias” , os subsídios solicitados “são absolutamente incomportáveis, porque exigiriam milhões de euros dos contribuintes e não tem sentido na situação atual em que são exigidos sacrifícios aos portugueses”.
Já o ministro da Economia, Vieira da Silva, considera que a paralisação anunciada pelas empresas de transportes de mercadorias “pode pôr em causa o funcionamento de espectros importantes da nossa economia”.”Nenhuma economia pode estar com um setor tão importante parado por tempo indeterminado”, vincou.
A paralisação dos camionistas foi convocada pela Associação de Transportadores de Terras, Inertes, Madeiras e Afins (ATTIMA), e pela Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP). Exigem, principalmente, a criação de gasóleo profissional e descontos nas portagens das ex-Scuts.