CLIQUE NOS LINKS PARA VER AS FOTOS E LER AS REPORTAGENS
A manifestação da “geração à rasca” juntou pelo menos 200 mil pessoas em Lisboa e 80 mil no Porto, segundo anunciaram os organizadores da iniciativa. Em todo o país, terão sido cerca de 300 mil os participantes.
O anúncio dos números, feito junto a uma das fontes da Praça do Rossio, em Lisboa, foi acompanhado de gritos “a rua é nossa”. Estes números não foram ainda confirmados pela polícia.
A adesão à manifestação da “geração à rasca” ultrapassou largamente os números inicialmente previstos, com cerca de 300 mil pessoas em todo o país, disse à Lusa, Paula Gil, da organização.
A organizadora do protesto considerou que a adesão de manifestantes mostra que “a precariedade afeta toda a gente na sociedade, tendo ultrapassado largamente os 60 mil que se previam”.
“Esperemos que seja o primeiro passo para uma democracia participativa em Portugal”, disse.
Milhares de pessoas aderiram à manifestação da “geração à rasca”, num mar de gente que se concentrou na Avenida da Liberdade, em Lisboa, num ambiente festivo.
Famílias e grupos de amigos deram início ao protesto às 15:00, com um grupo de jovens a empunhar um cartaz com a inscrição “Juventude exige mais direitos e outra política”.
Este grupo, pertencente à associação “Iniciativa Jovem” e gritava “agora e sempre juventude está presente”.
Logo na cabeça da manifestação apareciam dois elementos que admitiram professar ideais de extrema-direita. Um deles, Cláudio Cerejeira, sobrinho neto do cardeal com o mesmo nome, envergava uma t-shirt com um desenho do Hitler defendeu que Portugal precisa de uma revolução, “não de cravos, mas com armas”.
Pelo menos dois dos quatro organizadores do protesto aram visíveis na cabeça da manifestação transportando uma faixa amarela gritando palavras de ordem como “não há liberdade com precariedade”.
Vários grupos de diferentes identidades e ideais, da extrema esquerda à extrema direita, participaram hoje pacificamente na manifestação da geração à rasca.
Professores, advogados, médicos, precários e não precários, grupos anarquistas e nacionalistas fizeram da contestação e das palavras as principais armas do protesto.
Na linha da frente, na Avenida da Liberdade, um grupo de nacionalistas ostentava bandeiras negras gritando “ação, ação, lutar pela nação”.