A autorização de Washington era um passo necessário para o fornecimento dos caças norte-americanos, mas não significa uma entrega imediata, dada a necessidade de formação de pilotos ucranianas.
O ministro da Defesa neerlandês, Wopke Hoekstra, saudou a aprovação da entrega dos F-16 pelos Estados Unidos, considerando-a “um marco importante para a Ucrânia na defesa do seu povo e do país”.
“Congratulamo-nos com a decisão de Washington de abrir caminho para o envio de caças F16 para a Ucrânia”, disse Hoekstra nas redes sociais, agradecendo ao chefe da diplomacia norte-americano, Antony Blinken, a “boa e rápida cooperação”.
“Vamos agora discutir a questão com os nossos parceiros europeus”, acrescentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, que está em visita à China, confirmou à rádio pública da Dinamarca a decisão de Washington, noticiada pela agência britânica Reuters.
“Posso confirmar que o ministro da Defesa e eu escrevemos aos nossos colegas nos Estados Unidos sobre as nossas opções e recebemos uma carta amigável do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que nos dá algumas opções”, disse.
“Estamos agora a explorar esta questão em conjunto com os nossos aliados”, acrescentou Rasmussen.
O anúncio surgiu um dia depois de as autoridades ucranianas terem assumido que o país não irá receber os caças norte-americanos até ao final do ano.
“É óbvio que não conseguiremos defender a Ucrânia neste outono e inverno com os F-16”, disse o porta-voz da Força Aérea, Yuri Ignat, à televisão ucraniana esta semana.
Ignat acrescentou que houve avanços em relação ao treino dos pilotos ucranianos, que poderá começar “num futuro próximo”.
Países Baixos e Dinamarca lideram uma coligação de 11 países, incluindo Portugal, que concordaram em treinar pilotos da Ucrânia, mas não foi detalhado como, quando e onde este treino será realizado.
Os caças F-16 são um dos pedidos recorrentes do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para uma contraofensiva já em curso para expulsar as forças russas das zonas ocupadas no leste e no sul da Ucrânia.
As autoridades de Kiev têm reconhecido que a contraofensiva tem sido lenta e com resultados modestos.
A Ucrânia tem contado com o fornecimento de armamento dos aliados ocidentais na guerra que a Rússia iniciou quando invadiu o país vizinho em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também decretaram sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Desconhece-se o número de vítimas do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, afirmam que será elevado.
PNG (CSR) // APN