Segundo a AFP, a moção de censura apresentada pela aliança de esquerda Nova Frente Popular deverá ser aprovada, uma vez que a União Nacional, de extrema-direita, também teve uma iniciativa idêntica. Após várias concessões a exigências da extrema-direita, o primeiro-ministro, de centro-direita e antigo comissário europeu (e antigo negociador da União Europeia para o ‘Brexit’), atribuiu ao executivo a aprovação do orçamento da Segurança Social sem votação, insistindo que tinha “chegado ao fim do diálogo” com os grupos políticos.
A moção de censura ao Governo – que cumpre 100 dias no próximo 13 de dezembro – tem aprovação quase garantida, uma vez que tanto a esquerda como a extrema-direita anunciaram que votarão favoravelmente (para derrubar o Governo, é necessário um voto de censura de 288 deputados).
Se o executivo cair, agrava-se a crise política criada pela dissolução da Assembleia Nacional pelo Presidente Emmanuel Macron, em junho, na sequência da vitória da extrema-direita nas eleições europeias.
No mês seguinte, as eleições legislativas deram origem a uma Assembleia Nacional muito fragmentada e Barnier só tomou posse como primeiro-ministro em 5 de setembro, sucedendo a Gabriel Attal, após 60 dias de impasse.