A Administração de Joe Biden acaba de reconhecer Edmundo González Urrutia, exilado em Espanha desde setembro, como presidente eleito da Venezuela. “O povo venezuelano pronunciou-se de forma contundente a 28 de julho e escolheu Edmundo González como presidente eleito. A democracia exige respeito pela vontade dos eleitores”, afirmou o secretário de Estado, Antony Blinken, na rede social X, antigo Twitter.
Os EUA já tinham dito que González Urrutia – galardoado, juntamente com Maria Corina Machado, com o prémio Sakharov 2024 – foi o mais votado nas eleições venezuelanas, mas não o tinham reconhecido oficialmente como presidente eleito. Recorde-se que esta mudança ocorre imediatamente após o encerramento da cimeira do G20 no Rio de Janeiro e a dois meses da tomada de posse de Nicolás Maduro para um novo mandato, a 10 de janeiro, e também da entrada em funções de Donald Trump na Administração norte-americana.
Nas eleições de julho, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela proclamou Nicolás Maduro vencedor, mas até agora ainda não publicou a ata com os resultados desagregados, apesar da insistência dos EUA, da União Europeia e de vários países da América Latina. A principal coligação da oposição, a Plataforma Unitária Democrática, publicou algumas atas na internet que revelam que González Urrutia, o seu candidato, foi vencedor com mais do dobro dos votos de Maduro.
Depois da mensagem de Blinken, Urrutia também se pronunciou no X para agradecer o apoio dos EUA: “Este gesto homenageia o desejo de mudança do nosso povo e o feito cívico que juntos realizámos no dia 28 de julho.”