Um ano depois do ataque do Hamas a Israel, milhares de pessoas de todo o mundo manifestaram-se este fim de semana. Roma, Londres, Madrid, Quito, Seoul, Washington e outras dezenas de cidades foram palco de diversas marchas pró-palestina que, em alguns casos, resultaram em confrontos com as autoridades policiais.
Em Portugal, na cidade do Porto, centenas de pessoas reuniram-se este domingo para gritar que “do Porto até Rafah, Palestina vencerá” pelas ruas da cidade nortenha. A manifestação, que partiu da Praça dos Poveiros, teve, contudo, de terminar mais cedo do que o previsto devido às condições climatéricas.
No sábado, na capital norte-americana de Washington, um homem ateou fogo ao braço esquerdo, tentando incendiar-se, durante um protesto frente à Casa Branca contra o apoio norte-americano a Israel e contra a guerra na Faixa de Gaza. A polícia conseguiu extinguir as chamas com recurso a água e lenços tradicionais palestinianos – ´keffiyehs’.
Em Roma, a marcha, que começou pacífica, ficou marcada por violentos confrontos com a polícia que lançou gás lacrimogéneo, usou canhões de água e bastões para dispersar a multidão. O protesto reuniu cerca de 7 mil pessoas numa praça da capital italiana.
Já em Paris, os milhares de manifestantes exigiriam ao governo e a Emmanuel Macron o boicote a Israel e um cessar-fogo imediato em Gaza, acusando o Presidente de cumplicidade no “genocídio” do Médio Oriente. Com o mote “Acabar com o genocídio em Gaza”, milhares reuniram-se na Place de la République entoando frases como: “Palestina livre”, “Do rio ao mar, a Palestina deve ser livre“, “Genocídio em Gaza e no Líbano” e “Israel assassino, Macron cúmplice” no primeiro dia de manifestações.
“Free, free Palestine” – em português “Palestina livre” – foi a frase mais entoada pelos manifestantes pró-palestina, em defesa da criação de um Estado palestiniano, no Reino Unido. A marcha foi organizada por diferentes grupos e organizações, como a Coligação “Stop The War” (“Parar a Guerra”), Partido Socialista dos Trabalhadores, Amigos de Al-Aqsa e Associação Muçulmana.
Já no México, os manifestantes apelaram ao Governo de Claudia Sheinbaum que corte as relações diplomáticas, económicas e políticas com Israel.
Esta segunda-feira, dia 7 de outubro, marca um ano desde o início das hostilidades na Faixa de Gaza, após o Hamas – movimento islamita palestiniano – ter atacado Israel e causando cerca de 1 200 mortos e mais de 250 reféns.
Segundo o ministério da Saúde do Governo do Hamas já morreram quase 42 mil pessoas no território palestiniano desde o início da guerra com Israel.