Passado um ano sobre o ataque do Hamas, qual é, no seu entender, a situação médico-sanitária em Gaza?
Atualmente, 9 em cada 10 palestinianos em Gaza estão deslocados internamente. Destes, mais de 43 mil são mulheres grávidas. 6% da população foi morta ou ferida, sendo que 70% são mulheres e crianças. A maioria dos hospitais e centros de saúde foram total ou parcialmente destruídos. Em paralelo, a destruição do sistema de saneamento básico (água potável e esgotos), a falta de eletricidade e a dificuldade de acesso a bens alimentares criou todas as condições para a eclosão da fome, desnutrição, e doenças infetocontagiosas, como a poliomielite, que estava erradicada há 25 anos.
Que tipo de assistência ainda é possível prestar às vítimas de Gaza?
Cerca de 11 hospitais de campanha foram montados por organizações internacionais para tentar dar resposta às necessidades básicas. Obviamente, hospitais em tendas têm uma capacidade muito limitada.