O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, morreu, na madrugada desta quarta-feira, num ataque em Teerão, capital do Irão. A notícia já foi confirmada pelo próprio Hamas.
“O irmão líder, mártir combatente Ismail Haniyeh, líder do movimento, morreu em resultado de um ataque traiçoeiro sionista na residência em Teerão, depois de participar na cerimónia de posse do novo presidente iraniano”, indicou, em comunicado, o movimento palestiniano.
O Hamas responsabiliza Israel pelo ataque, e promete responder. O governo de Telavive mantém-se, para já, em silêncio.
O primeiro anúncio da morte de Ismail Haniyeh tinha partido dos Guardas da Revolução iranianos. Em comunicado, esta força militar adiantava que o dirigente do Hamas e um guarda-costas morreram num ataque à residência de Ismail Haniyeh em Teerão.
Ismail Haniyeh tinha com 62 anos e era líder político do Hamas desde 2017. Ex-primeiro-ministro da Palestina (entre 2006 e 2007), era considerado um político moderado, visto como uma peça-chave para as negociações de um possível cessar-fogo no conflito Israel-Hamas, e capaz de se relacionar com as fações palestinianas rivais
Vivia afastado do território palestiniano, num exílio voluntário, dividindo-se, alegadamente, entre o Qatar e a Turquia. Em abril, um ataque da aviação israelita tinha matado pelo menos seis membros da sua família – três filhos e pelo menos dois netos –, num campo de refugiados no norte da faixa de Gaza.