“As ruas estão vazias em Rafah e as famílias fogem em busca de segurança. As pessoas enfrentam constante exaustão, fome e medo. Nenhum lugar é seguro. Um cessar-fogo imediato é a única esperança”, descreveu a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente conhecida por UNRWA.
Até há uma semana Rafah abrigava 1,4 milhões de pessoas.
A cidade, na fronteira com o Egito, está a sofrer bombardeamentos aéreos intensos e de artilharia desde esta madrugada com os tanques israelitas a avançar para oeste em direção ao centro da localidade.
A agência de notícias EFE descreve, com base no relato de um morador, que os tanques cruzaram o limiar da estrada Salah al Din e que decorrem confrontos ocorrem entre tropas israelitas e milícias palestinas na área urbanizada da cidade.
Vídeos publicados nas redes sociais, bem como nos canais de media palestinianos mostram um ataque israelita na George Street, no bairro residencial de Geneina, no centro da cidade.
As Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, também avançaram com ataques de artilharia contra tropas israelitas estacionadas na passagem de Rafah, que faz ligação com o Egito.
Cerca de 100 camiões da UNRWA estão atualmente no lado egípcio da fronteira, em frente à passagem de Kerem Shalom – que liga a Faixa de Gaza a Israel a sul, muito perto do Egipto – o que poderá indicar que mais ajuda humanitária entrará em Rafah nas próximas horas, disse uma testemunha à EFE.
A passagem de Rafah com o Egito permanece fechada desde a última terça-feira.
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